Vazamento de corante em córrego de Jundiaí deixa animais azuis

Registros do córrego onde foi derramado corante em JundiaíReprodução/Instagram

O vazamento de corante em um córrego na região do Parque Botânico Tulipas, em Jundiaí, fez com que os animais do local – como patos, gansos e capivaras – ficassem azuis. O derramamento da substância aconteceu na terça-feira (13), após um caminhão que a transportava bater em um post e tombar.

A Associação Mata Ciliar resgatou três gansos e um pato atingidos pelo produto químico. Além disso, a ONG também encontrou peixes mortos. 

Nada foi informado sobre as capivaras que costumam ficar no local, mas relatos de moradores nas redes sociais afirmam que elas também entraram em contato com o corante.

Em vídeos publicados no Instagram, a ONG informa que os animais afetados pela substância estão passando por um processo de desintoxicação.

Veja registros do resgate e de como ficou o córrego:

MP abre inquérito

Na quarta-feira (14), o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) abriu um inquérito para investigar o derramamento de corante.

Conforme informado pelo órgão ao Portal iG, o objetivo é compreender as circunstâncias da poluição ambiental, seus responsáveis e possíveis desdobramentos.

O MP pediu à Polícia Militar o Boletim de Ocorrência do acidente com a carreta de corante. Além disso, solicitou um relatório de vistoria e dados sobre a vulnerabilidade do Córrego das Tulipas à Prefeitura de Jundiaí e à Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB).

Todos os acionados têm até cinco dias para fornecer os documentos ao MP.

Outros envolvidos

Portal iG procurou a Associação Mata Ciliar para saber o estado de saúde dos animais resgatados, quais os riscos de intoxicação e se outras espécies da fauna local, como as capivaras, também foram afetadas ou resgatadas.

A reportagem também buscou a Defesa Civil de Jundiaí e a Prefeitura para entender quais medidas foram tomadas para retirar o corante da área, se há risco à população e previsão para a conclusão da limpeza.

Além disso, questionou a CETESB sobre as ações emergenciais realizadas, os impactos ambientais identificados até o momento e se a empresa responsável pelo transporte do produto pode ser responsabilizada.

Até a última atualização desta reportagem, nenhum dos órgãos havia retornado ao contato. O espaço segue aberto.

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