Planejamento sucessório evita travas jurídicas e garante futuro da empresa, alerta especialista

Em entrevista à BM&C News, Fernando Brito, especialista do Grupo Maldivas, destacou a importância de antecipar o planejamento sucessório nas empresas, independentemente do seu porte. Segundo ele, o tema costuma ser deixado de lado pelos empreendedores, mas se torna crítico diante de eventos inesperados, como o falecimento de sócios.

“Falar sobre sucessão ainda é um tabu em muitas companhias. Muitos só tomam providências quando já é tarde demais. E aí, quando o leite já derramou, não há muito o que fazer”, afirmou Brito.

Um dos principais riscos é a paralisação jurídica da empresa. Sem cláusulas claras no contrato social ou mecanismos de liquidez definidos, o falecimento de um sócio pode travar decisões estratégicas e gerar conflitos com herdeiros que, muitas vezes, não têm preparo técnico ou interesse na operação.

“Não é só uma questão de finanças, é também jurídica. Se não houver previsões contratuais, a entrada de herdeiros despreparados pode comprometer a governança”, explicou.

Dados citados por Brito reforçam a urgência do tema: apenas 30% das empresas familiares no Brasil chegam à segunda geração e somente 5% à terceira. “Isso acontece, em grande parte, pela ausência de planejamento sucessório. O herdeiro legal nem sempre é o sucessor ideal”, disse.

O especialista reforça que o planejamento pode incluir mecanismos como:

  • definição de regras de valuation;
  • recompra de cotas com desconto;
  • uso de seguro de vida empresarial como instrumento de liquidez;
  • criação de conselhos consultivos para herdeiros passivos;
  • contratação de executivos de mercado para substituir sócios falecidos.

Fernando citou casos reais de empresas de todos os portes, desde startups até companhias que faturam mais de R$ 1 bilhão. “Em uma startup, por exemplo, foi feito um seguro proporcional ao capital investido por cada sócio. Já em empresas maiores, estruturamos acordos para diluir a participação de herdeiros e preservar a governança”, detalhou.

Segundo ele, o ideal é que a estrutura jurídica esteja alinhada com instrumentos financeiros. “A junção de uma boa amarração contratual com um seguro de vida bem calibrado é o caminho mais próximo do ideal. Evita conflitos, garante liquidez e protege a continuidade do negócio”, concluiu.

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