Calculadora de IMC: veja seu Índice de Massa Corporal; nova regra permite bariátrica com IMC entre 30 e 35


Conselho Federal de Medicina (CFM) muda regras para cirurgia bariátrica. Agora pessoas com IMC entre 30 e 35 já podem realizar o procedimento. IMC entre 25 e 29,9 é considerado sobrepeso. Pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) entre 30 e 35 agora poderão realizar o a cirurgia bariátrica caso tenham algum quadro de saúde relacionado, de acordo com nova resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM). Antes, o procedimento era permitido somente para casos de IMC acima de 35. De acordo com resolução, publicada nesta terça (20), adolescentes também poderão fazer a cirurgia.
📍O índice de massa corporal (IMC) é o peso em quilos dividido pela altura ao quadrado. Entre 25 e 29,9 é considerado sobrepeso.
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Confira abaixo a classificação do grau de obesidade segundo a OMS:
Acima de 40,0: Obesidade grau III (mórbida)
Sinal vermelho, com forte probabilidade de doenças muito graves associadas. O tratamento deve ser ainda mais urgente.
Entre 35,0 e 39,9: Obesidade grau II (severa)
Mesmo que os exames aparentem estar normais, é hora de se cuidar, iniciando mudanças no estilo de vida e com acompanhamento médico.
Entre 30,0 e 34,9: Obesidade grau I
Chegou na hora de se cuidar, mesmo com exames normais. Cuide de sua alimentação com o acompanhamento de nutricionista e/ou endocrinologista.
Entre 25,0 e 29,9: Sobrepeso
Pré-obesidade. Muitas pessoas nessa faixa já apresentam doenças associadas, como diabetes e hipertensão. Importante rever hábitos e buscar ajuda antes de, entrar na faixa da obesidade.
Entre 18,6 e 24,9: peso normal
Que bom que você está com o peso normal. O melhor jeito de continuar assim é mantendo um estilo de vida ativo e uma alimentação equilibrada.
18,5 ou menos: abaixo do normal
Procure um médico. Algumas pessoas têm um baixo peso por características do seu organismo, mas outras podem estar enfrentando problemas, como a desnutrição.
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Contexto e justificativas para bariátrica
Segundo o CFM, a mudança nas exigências tem como base estudos que comprovaram que é segura e eficaz em um leque maior de pessoas. Mas é necessário apresentar algum quadro de saúde relacionado. Podem fazer bariátrica as pessoas com IMC de 30 que tenham:
diabetes tipo 2
doença cardiovascular grave
apneia do sono grave, entre outros
doença renal crônica precoce
doença gordurosa hepática
refluxo gastroesofágico
A resolução também trouxe outras mudanças:
Agora, não existe mais tempo mínimo de convivência com a doença ou idade e o leque de doenças também foi ampliado. Antes, só podiam se submeter à cirurgia pacientes com até 10 anos de diagnóstico de diabetes, com mais de 30 e menos de 70 anos de idade.
Agora, a cirurgia precisa ser feita em hospital de grande porte, com capacidade para cirurgias de alta complexidade, com o UTI e plantonista 24 horas. Antes, bastava que o lugar tivesse UTI e condições para receber pacientes com obesidade grave.
Adolescentes
No caso de adolescentes, com as novas regras, pacientes a partir dos 14 anos de idade podem fazer a cirurgia com autorização dos pais. Mas para isso, eles precisam se enquadrar em caso grave de obesidade, com IMC acima de 40, que leve a complicações de saúde. Antes, a idade mínima era 16 anos.
Além disso, os adolescentes entre 16 e 18 anos também vão poder fazer a bariátrica e só serão exigidos os critérios já pedidos para adultos, como IMC mínimo e comorbidades.
A mudança é um avanço para o tratamento da obesidade no início da vida adulta, segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), Juliano Canavarros:
“A gente conseguiu bons resultados em estudos que mostram que esse tipo de cirurgia não afeta o desenvolvimento nessa fase da adolescência e, com isso, vai ser possível atender esses pacientes. É um passo importante para controlar a obesidade e as doenças relacionadas para que esse adolescente não siga doente para a fase adulta”, explica Canavarros.
Número de bariátricas no Brasil aumentou 42% nos últimos 4 anos
Nos últimos quatro anos, segundo a SBCBM, o número de procedimentos feitos no Brasil aumentou 42%. Foram mais de 290.000 no total.
Quase 90% das cirurgias foram feitas por planos de saúde ou particulares
Apenas 10% foram feitas pelo SUS.
Mais de 8.600.000 brasileiros são obesos, de acordo com um levantamento do ano passado.
IMC
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Novos modelos de cirurgia
A nova norma do CFM também reconhece as cirurgias alternativas, com indicação primordial para procedimentos revisionais. São elas:
duodenal switch com gastrectomia vertical
bypass gástrico com anastomose única
gastrectomia vertical com anastomose duodeno-ileal
gastrectomia vertical com bipartição do trânsito intestinal
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