Se não é seguro rebocar carros elétricos, o que o motorista deve fazer?

A popularidade dos carros elétricos está crescendo rapidamente no Brasil. Com a ampliação da variedade de modelos, como SUVs, sedãs e hatches, e a redução dos preços, esses veículos tornam-se cada vez mais acessíveis.

Segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), 35.885 carros elétricos foram emplacados de janeiro a julho de 2024, um aumento de 658% em comparação ao ano anterior. Um exemplo de modelo popular e barato é o Renault Kwid E-Tech, que custa R$ 99.990.

Mesmo com esse crescimento, ainda existem muitas dúvidas sobre o funcionamento desses automóveis, especialmente em relação ao reboque.

Diferentemente dos veículos a combustão, os elétricos possuem particularidades que impedem o reboque tradicional. Este artigo explora as razões que tornam inviável puxar esses carros em caso de pane ou falta de carga na bateria.

Por que elétricos não podem ser rebocados?

Uma das maiores dificuldades enfrentadas pelos proprietários de carros elétricos no Brasil é a infraestrutura de recarga. Apesar da presença de carregadores domésticos e de alguns pontos públicos, a cobertura ainda é limitada, restringindo o uso dos veículos principalmente às áreas urbanas.

A ausência de pontos de recarga em muitas regiões brasileiras dificulta as viagens de longa distância com carros elétricos. Caso a bateria descarregue completamente, é crucial entender que o reboque convencional não é uma opção recomendável.

Por que não rebocar?

Os carros elétricos carecem de um ponto neutro na transmissão, comum nos veículos a combustão.

Nos automóveis a combustão, o ponto neutro permite desconectar a transmissão do motor, facilitando o reboque. Nos elétricos, a função “N” apenas desconecta os freios do motor, possibilitando o movimento manual do veículo por poucos metros.

Qual o jeito seguro?

O método seguro e recomendado para resgatar um carro elétrico é por meio de guinchos plataforma. Este tipo de transporte evita danos aos freios regenerativos e a outros componentes eletrônicos sensíveis que compõem os veículos elétricos.

Cabe destacar que o método popular de “chupeta” não é eficaz em carros elétricos. A bateria de 12 volts dos veículos a combustão não fornece energia suficiente para recarregar a bateria principal dos elétricos, e apenas tomadas de 220 volts ou estações de recarga adequadas podem restaurar a carga do veículo.

Em caso de descarga total, é necessário acionar o seguro ou o guincho adequado. O transporte deve ser feito até um ponto de recarga específico para recarregar a bateria do veículo com segurança e eficiência.

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