O que tinha na carta ao Lula entregue por Eduardo Suplicy?

Eduardo Suplicy carta ao Lula

Eduardo Suplicy “quebrou protocolo” e entregou carta ao Lula durante evento em São Paulo – Foto: Reprodução

Enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ministros participavam do lançamento dos cursos de Medicina e Biomedicina da Faculdade Sírio-Libanês, nesta quinta-feira (22), em São Paulo, o deputado estadual Eduardo Suplicy (PT) entregou uma carta ao Lula e integrantes do governo.

A entrega ocorreu entre os discursos do secretário de Estado da Saúde de SP, Eleuses Paiva, que representou o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e fez elogios ao governo federal, e do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Suplicy “quebrou o protocolo”, se aproximou do palco e entregou em mãos a carta ao Lula, assim como também ao vice-presidente Geraldo Alckmin, Padilha e o ministro da Educação, Camilo Santana.

Carta ao Lula

Ao portal ND Mais, o deputado petista comentou sobre o conteúdo da carta ao Lula. “Disse a ele [ao presidente] que felizmente está indo bem o trabalho da comissão sugerida por mim para, junto ao Conselhão (Conselho de desenvolvimento econômico, social e sustentável), para estudar os passos na direção da transformação do programa Bolsa Família até o dia que cheguemos à renda básica universal e incondicional”, disse Eduardo Suplicy.

Aprovado pelo Congresso Nacional quando o petista era senador e sancionada pelo presidente Lula, a lei nº 10.835/2004, instituiu a renda básica de cidadania para todos os brasileiros e estrangeiros que morem no país há, no mínimo, cinco anos. A implantação seria de forma progressiva, mas, 21 anos depois, ainda não ocorreu.

O objetivo do programa é garantir todos tenham um valor mínimo a receber por mês. Para o deputado, o Bolsa Família seria uma etapa inicial, mas é necessário avançar.

“Agora estamos dando os passos para fazer com que, aquilo que está previsto na lei, a gradual transição da garantia de uma renda, desde os mais necessitados, como faz o Bolsa Família, até que um dia tenhamos a universalidade e que será incondicional”, declarou ao comentar a carta ao Lula.

Os primeiros encontros do grupo de trabalho que visa tirar a renda básica do papel ocorreu sob coordenação de Suplicy na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Um primeiro relatório foi entregue no final do ano passado e sugeriu a criação do Benefício da Criança e do Adolescente, a ser implantado de forma escalonada por faixas etárias, com um valor individual de R$ 637.

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