Mercados internacionais fecham em queda com escalada de tensões comerciais entre EUA e União Europeia

Os mercados acionários globais encerraram o pregão desta sexta-feira em território negativo, pressionados por novas tensões comerciais entre os Estados Unidos e a União Europeia. O presidente norte-americano anunciou tarifas adicionais de 50% sobre uma gama de produtos europeus, com vigência a partir de 1º de junho. A decisão intensificou os temores de uma nova guerra comercial e impactou diretamente o sentimento dos investidores.

Nos Estados Unidos, os principais índices de Wall Street apresentaram queda expressiva. O Dow Jones recuou 0,61%, fechando aos 41.603,07 pontos, enquanto o S&P 500 caiu 0,67%, encerrando aos 5.802,82 pontos. O índice Nasdaq, com forte presença de empresas de tecnologia, teve queda ainda mais acentuada, de 1,00%, aos 18.737,21 pontos. O setor de tecnologia foi particularmente penalizado pela expectativa de represálias europeias a empresas norte-americanas, como Apple e Microsoft.

Na Europa, o cenário não foi diferente. O índice pan-europeu Stoxx 600 recuou 0,89%, puxado por quedas nas ações dos setores automotivo, industrial e de luxo. As bolsas de Frankfurt (DAX) e Paris (CAC 40) registraram quedas de 1,12% e 0,98%, respectivamente.

A aversão ao risco foi agravada por dados econômicos mistos divulgados ao longo do dia. Nos EUA, os pedidos de auxílio-desemprego ficaram acima do esperado, indicando possível desaceleração do mercado de trabalho. Na zona do euro, a confiança do consumidor caiu pelo segundo mês consecutivo, refletindo preocupações com a inflação e com o crescimento econômico.

O cenário global permanece sensível a eventos geopolíticos e decisões políticas, o que deve manter os mercados voláteis nas próximas semanas.

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