Leila vê preconceito com Xaud e compara: ‘Estou mais para Thatcher que rainha da Inglaterra’

Leila Pereira, presidente do Palmeiras, afirmou ter percebido manifestações de preconceito em relação ao dirigente Samir Xaud, que será confirmado como novo presidente da da CBF neste domingo, 25.

A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, afirmou ter percebido preconceito em relação ao dirigente Samir Xaud, que será o novo presidente da CBF Foto: Pedro Kirilos / Estadão

Xaud conseguiu apoio para comandar a entidade com o respaldo de 25 das 27 federações depois de ter construído sua trajetória na Federação Roraimense de Futebol, sem tradição no futebol brasileiro. 1Federação de Roraima, há 40 anos com família Xaud, sofre com desorganização e falta de público2Quem é quem na queda de Ednaldo da CBF e como Samir Xaud foi articulado para ser seu sucessor“Quando vocês falam que é um candidato de uma federação não muito conhecida, isso é preconceito”. As afirmações foram feitas na manhã deste domingo, 25, na sede da CBF antes da Assembleia Eleitoral da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A dirigente justifica a afirmação fazendo uma analogia com sua própria trajetória à frente do Palmeiras. “Eu não sou do futebol, sou uma empresária, uma mulher, a única presidente de um clube da América do Sul. Todos pensaram, se não puderam falar: ‘Vai ser uma desgraça’, ‘não entende nada de futebol’, ‘não sabe nem o que é uma bola’”, afirmou Leila. “Na minha gestão, o Palmeiras tem a era mais vitoriosa da sua história, tivemos as maiores vendas da história do Palmeiras. Conseguimos uma receita de mais de R$ 1 bilhão, a maior da história do Palmeiras. Essa mulher, que a grande maioria falou que seria uma rainha da Inglaterra, estou mais para Margareth Thatcher do que para rainha da Inglaterra”. O Palmeiras é uma das dez equipes que acredita que Samir Xaud tem as melhores propostas para o momento do futebol brasileiro. Os outros nove times das séries A e B que assinaram a chapa são: Botafogo, Vasco, Grêmio, CRB, Criciúma, Amazonas, Paysandu, Remo e Volta Redonda-RJ.A dirigente também explicou as razões de não ter assinado o manifesto divulgado pelos clubes da LFU (Liga Forte Futebol) e Libra (Liga do Futebol Brasileiro) com oito pedidos, entre eles, mudanças no estatuto da CBF, a adoção de regras de Fair Play financeiro e a criação da Liga.“Acho que os clubes deveriam se entender entre eles. Antes de pensar em mudar estatuto da CBF, precisamos se entender. Antes de discutir alteração no estatuto, temos que nos entender. Os dirigentes ficam tão presos em política que esquecem o futebol”, disse a dirigente. “Muitas das pautas do manifesto eu concordo. Eu não quis assinar esse manifesto porque o presidente não tinha sido eleito ainda, como eu começo com exigências? O presidente se demonstrou extremamente aberto a conversar. Eu achei muito rígido, por isso não quis assinar. Acho que não foi o momento”. No início da semana, clubes divulgaram um manifesto com uma lista de exigências elaborada em conjunto e enviada à CBF por 38 dos 40 times com direito a voto. Palmeiras e Remo foram os únicos que não assinaram.

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