Cientistas alertam para tempestade solar 500 vezes mais perigosa do que a maior já registrada

Imagem de uma larva saindo do sol em tempestade solar

Tempestade solar foi 500 a maior já registrada nos últimos 14 mil anos – Foto: Divulgação/Nasa/ND

Muito se falou sobre o fenômeno, e até a Nasa confirmou: as auroras boreais registradas entre os dias 10 e 11 de maio de 2024, em diversas partes do planeta, foram as mais intensas desde 2023. Segundo alguns cientistas, podem ter sido as mais brilhantes dos últimos 500 anos.

Apesar disso, um estudo publicado na revista científica Earth and Planetary Science Letters apontou que esse fenômeno é pequeno diante de uma tempestade solar que ocorreu há mais de 14 mil anos.

Tempestade solar foi detectada em anéis de árvores nos Alpes

Pesquisadores da Universidade de Oulu, na Finlândia, encontraram evidências da tempestade solar ao analisar anéis de árvores na região dos Alpes franceses.

O artigo indica que, por volta do ano 12.350 a.C., houve um aumento abrupto de carbono-14 na atmosfera, o que para os cientistas é um marcador claro de atividade solar extrema.

Isso porque esse tipo de radiação é gerado quando prótons de alta energia, vindos do Sol, colidem com a atmosfera da Terra. Essas partículas, chamadas de partículas solares energéticas, são liberadas durante eventos como as CME (ejeções de massa coronal).

O que é uma tempestade solar?

As tempestades solares são fenômenos cósmicos, capazes de afetar significativamente a vida na Terra. Com todos esses estudos e acontecimentos, veja o que é uma tempestade solar abaixo!


Uma tempestade solar ocorre quando o Sol emite grandes quantidades de energia na forma de erupções solares e ejeções de massa coronal. Essas explosões liberam partículas carregadas que podem atingir a Terra, interagindo com o campo magnético do planeta e causando distúrbios conhecidos como tempestades geomagnéticas. - Freepik/ND

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Uma tempestade solar ocorre quando o Sol emite grandes quantidades de energia na forma de erupções solares e ejeções de massa coronal. Essas explosões liberam partículas carregadas que podem atingir a Terra, interagindo com o campo magnético do planeta e causando distúrbios conhecidos como tempestades geomagnéticas. – Freepik/ND


Quando as partículas solares alcançam a Terra, podem causar interferências em sistemas de comunicação, redes elétricas e satélites. Em casos extremos, essas tempestades podem levar a apagões e falhas em sistemas de navegação GPS. - Freepik/ND

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Quando as partículas solares alcançam a Terra, podem causar interferências em sistemas de comunicação, redes elétricas e satélites. Em casos extremos, essas tempestades podem levar a apagões e falhas em sistemas de navegação GPS. – Freepik/ND


Um dos eventos mais notáveis foi a tempestade solar de 1859, conhecida como Evento Carrington. Essa tempestade causou falhas em sistemas telegráficos e auroras visíveis em latitudes incomuns. Se um evento similar ocorresse hoje, os danos às infraestruturas tecnológicas seriam significativos.  - Imagem gerada por IA/ND

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Um dos eventos mais notáveis foi a tempestade solar de 1859, conhecida como Evento Carrington. Essa tempestade causou falhas em sistemas telegráficos e auroras visíveis em latitudes incomuns. Se um evento similar ocorresse hoje, os danos às infraestruturas tecnológicas seriam significativos. – Imagem gerada por IA/ND


Agências como a NASA e a NOAA monitoram constantemente a atividade solar para prever tempestades e mitigar seus efeitos. O monitoramento permite emitir alertas e proteger infraestruturas críticas contra possíveis danos. - Imagem gerada por IA/ND

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Agências como a NASA e a NOAA monitoram constantemente a atividade solar para prever tempestades e mitigar seus efeitos. O monitoramento permite emitir alertas e proteger infraestruturas críticas contra possíveis danos. – Imagem gerada por IA/ND


Embora não possamos impedir tempestades solares, medidas preventivas, como o reforço de redes elétricas e protocolos de emergência, podem minimizar os impactos. A conscientização pública e o investimento em tecnologias de proteção são essenciais para enfrentar esses desafios cósmicos. - Freepik/ND

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Embora não possamos impedir tempestades solares, medidas preventivas, como o reforço de redes elétricas e protocolos de emergência, podem minimizar os impactos. A conscientização pública e o investimento em tecnologias de proteção são essenciais para enfrentar esses desafios cósmicos. – Freepik/ND

Evento extremo foi 500 vezes mais forte que a maior já registrada

A principal autora do estudo, Ksenija Gorbunova, indicou que o evento registrado há mais de 14 mil anos representa um novo cenário de risco para a humanidade.

“Entender a escala dessa tempestade é essencial para prever os impactos que fenômenos similares podem causar na nossa infraestrutura moderna, como satélites, redes elétricas e sistemas de comunicação”, afirma Ksenija.

Imagem de sol expandindo imagem em céu escuro

O evento registrado há mais de 14 mil anos representa um novo cenário de risco para a humanidade, segundo a pesquisadora – Foto: Freepik/ND

Com base em simulações climáticas validadas com dados dos anéis de árvores, a equipe de pesquisa concluiu que a tempestade solar de 12.350 a.C. foi cerca de 18% mais intensa que o evento de 775 d.C., considerado o mais poderoso até agora pelos registros históricos.

Quando comparado com a maior tempestade registrada por satélites, a de 2005, o evento antigo foi mais de 500 vezes mais potente.

Há precedentes históricos para essas super tempestades solares

Além do episódio de 12.350 a.C., outras tempestades solares de grande escala já foram identificadas em anos como 994 d.C., 663 a.C., 5259 a.C. e 7176 a.C..

Mas nenhuma se aproxima da intensidade do chamado “Evento 12350 a.C.”, que ocorreu antes mesmo do início do atual período climático estável da Terra, o Holoceno.

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