Vereadores brigam após discussão na Câmara de Paraibuna; veja VÍDEO


Caso aconteceu durante sessão ordinária na noite desta segunda-feira (9). Sessão precisou ser suspensa. Vereadores entram em luta corporal na Câmara de Paraibuna, SP
Dois vereadores de Paraibuna, no interior de São Paulo, trocaram socos após uma discussão na Câmara Municipal. O caso aconteceu na noite desta segunda-feira (9).
Nas imagens viralizadas é possível ver os vereadores Marcelo André (PT) e Klinger Vitório (Republicanos) discutindo e trocando agressões — veja o vídeo acima.
Tudo começou após o desabafo de uma mãe, em uma rede social, no fim de maio. No vídeo, a moradora Caroline Moreira se queixa da falta de apoio na escola municipal para a filha de 8 anos, que tem deficiência auditiva.
Quase no fim do vídeo, a mãe acusa a esposa do vice-prefeito Tales Vitório (Republicanos), Camila Carvalho, de sugerir que a mãe mudasse de cidade.
Nesta segunda-feira, o vereador Junho Social (PT), que é da oposição, citou o vídeo durante a sessão ordinária. Já o vereador Klinger, que é da base do governo, rebateu a acusação.
Klinger é pai do vice-prefeito e sogro de Camila, que é membro do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente.
Vereadores Marcelo André (PT), à esquerda, e Klinger Vitório (Republicanos), à direita
Divulgação/Câmara de Paraibuna
Na mesma fala, sem citar nomes, Klinger falou sobre uma ação na Justiça que envolve a realização da festa de aniversário da cidade, promovida pela gestão da prefeita Professora Helô (PL).
“Não sei quem entrou com uma medida, uma ação, se não me engano, uma ação popular para que não se fizesse o palco. Acho que tem que tomar medida legal, mas buscando realmente o que contempla a sociedade e não meramente perseguindo para que a festa não ocorra”, disse.
Logo em seguida, foi a vez do vereador Marcelo André falar na tribuna, admitindo que ele e o PT entraram com a ação. Segundo o parlamentar, a ação foi movida não contra a festa, mas contra a licitação que escolheu a empresa responsável pela organização do evento.
Apesar de a Justiça já ter considerado o pedido do vereador improcedente, o bate-boca aumentou quando o vídeo publicado nas redes sociais voltou à pauta.
O presidente da Câmara, Cícero Fabiano (PSDB), precisou suspender a sessão. Na transmissão da Câmara, o vereador Marcelo André é o primeiro a sair da imagem e Klinger levanta minutos depois.
A confusão continuou em outro ambiente da Câmara, quando os vereadores partiram para a agressão física.
Vereadores de Paraibuna (SP) entram em luta corporal após sessão
Reprodução
O que dizem os envolvidos
O vereador Marcelo André não quis gravar entrevista, mas disse, por mensagem, que estava tomando café quando foi atacado.
Em um vídeo divulgado ainda na noite desta segunda-feira, o vereador Klinger Vitório disse que Marcelo ofendeu sua família na tribuna, durante a sessão, que foi suspensa. Em seguida, os dois começaram a bater boca em outro espaço da Câmara, o que resultou na luta corporal.
“O vereador Marcelo estava usando a tribuna e começou a depreciar e agredir minha família e eu intervi e falei para ele cuidar das coisas políticas e não de família, aí ele me chamou de ‘otário’ e disse que não tinha medo de mim. O presidente suspendeu a sessão e o pessoal foi para o plenário anterior da Câmara. Ele foi, encostou na janela e nós todos estávamos conversando, os ânimos estavam exaltados. Ele começou a me ofender novamente e veio na minha direção, eu fui de encontro e a gente se atracou”, relatou.
Em nota assinada pelo presidente, a Câmara Municipal lamentou o ocorrido e afirmou que um boletim de ocorrência foi registrado.
“Reiteramos que atitudes incompatíveis com a conduta parlamentar serão tratadas com a seriedade que o caso exige”, diz a nota.
“As condutas dos vereadores envolvidos serão apuradas com rigor, em conformidade com o Regimento Interno e o Código de Ética desta Casa Legislativa. A presidência reafirma seu compromisso com a legalidade, o respeito institucional e o decoro parlamentar, pilares fundamentais do exercício do mandato legislativo. A Câmara Municipal de Paraibuna seguirá acompanhando e conduzindo as investigações internas com transparência, garantindo o devido processo legal e a responsabilização, caso comprovadas infrações. Por fim, reforçamos nosso compromisso com a população, a democracia e a integridade do Poder Legislativo Municipal”, finalizou.
Também em nota, a nora de Klinger, Camila Carvalho, disse que é assistente social e afirmou que vem sendo perseguida por Marcelo desde a campanha eleitoral e chamou o parlamentar de ‘mentiroso’.
“No exercício da minha profissão, realizei uma visita social na companhia de uma irmã de caridade da instituição onde trabalho. Toda a visita social deu-se em estrita observância aos princípios e prerrogativas profissionais, sendo sigilosas. Reforço que jamais sugeri a ninguém deixar o município. Já encaminhei representação anteriormente a esse episódio ao meu conselho profissional e aguardo uma posição do CRESS para tomar as medidas jurídicas cabíveis”, disse.
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