Fábrica clandestina poluía o ar com pó de cimento e som alto, diz polícia

Da REDAÇÃO

Uma fábrica considerada clandestina pelas autoridades foi alvo de um inquérito policial por crime ambiental e acabou responsabilizada por causar poluição sonora e atmosférica no bairro Marabaixo I, em Macapá.

O caso foi investigado pela Delegacia de Crimes Contra o Meio Ambiente (DEMA), da Polícia Civil do Amapá, e teve o inquérito concluído nesta terça-feira (10).

Moradores da área denunciaram à polícia os transtornos provocados diariamente pela empresa, como barulho intenso de maquinário pesado, poeira de cimento, areia e brita, além de trepidações constantes.

Empreendimento estaria …

… praticando poluição sonora com seu maquinário …

… e poluindo o ar com a poeira do cimento

Os impactos atingiram principalmente crianças e idosos, que passaram a apresentar problemas respiratórios e de saúde em geral. Também houve registro de danos materiais, como rachaduras em imóveis e prejuízos em placas solares.

A perícia técnica confirmou os danos relatados e identificou riscos diretos à saúde pública. O laudo classificou a atividade como de alto impacto ambiental (nível 5), incompatível com a zona estritamente residencial onde a fábrica operava.

Além da poluição, a empresa funcionava sem licença ambiental válida e em desacordo com a legislação municipal, configurando crime ambiental. O representante legal da empresa também foi indiciado.

Além da poluição, a empresa funcionava sem licença ambiental válida e em desacordo com a legislação municipal

“O cumprimento das normas ambientais é essencial para garantir a qualidade de vida da população. Atividades desse porte não podem funcionar em áreas residenciais”, afirmou o delegado Wellington Ferraz, responsável pelo inquérito.

O caso será encaminhado ao Ministério Público, que deve avaliar o oferecimento de denúncia formal à Justiça.

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