Seis cidades do Oeste do Paraná terão novo sistema de saneamento e gestão compartilhada; veja como vai funcionar


Implementação de melhorias nas cidades custará R$ 184,4 milhões, investidos pela Sanepar e Itaipu. Missal e Itaipulândia inaugurarão primeira etapa, com nova estação de esgoto de gestão compartilhada. Oeste do Paraná ganha novo sistema de saneamento e gestão compartilhada entre municípios
Itaipulândia, Missal, Medianeira, Santa Helena, Serranópolis do Iguaçu e Ramilândia, cidades do oeste do Paraná, estão recebendo investimentos para novas estações de tratamento de esgoto e um sistema inédito na região conhecido como “wetlands”, que utiliza processos naturais para remover poluentes da água.
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Para as seis cidades, o investimento total será de R$ 184,4 milhões, sendo R$ 71,1 milhões da Itaipu e R$ 112,8 milhões da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar).
Nesta quarta-feira (11), Itaipulândia e Missal inaugurarão a primeira parte do investimento – uma nova estação de tratamento, com gestão compartilhada, que reduzirá custos e ampliando a cobertura de saneamento de 0% para mais de 90%, atendendo mais de 2,5 mil famílias das duas cidades.
A gestão compartilhada entre Itaipulândia e Missal é inédita na região
Diretoria de Coordenação/Itaipu Binacional
De acordo com a Itaipu, nesta parceria, o esgoto gerado em Missal será enviado por gravidade até Itaipulândia, onde será tratado.
A integração, que pretende reduzir custos operacionais, será exclusiva das duas cidades – nas demais contempladas pelo recurso da Itaipu e da Sanepar, as estações de tratamento implantadas serão de gestão única.
Ainda segundo a Itaipu, os recursos liberados tem a meta de beneficiar aproximadamente 100 mil habitantes ao longo dos próximos cinco anos.
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Próximos investimentos
Ramilândia, que tem pouco mais de quatro mil habitantes e não possui rede de esgoto, deve ser a próxima a ter benefícios inaugurados. A cidade será uma das primeiras do Brasil a implantar a tecnologia em larga escala.
Segundo a Itaipu, as obras começaram neste mês e a conclusão está prevista para dezembro deste ano.
De acordo com o engenheiro ambiental Daniel Bartiko, da Divisão de Reservatório da Itaipu, a tecnologia simula processos naturais para remover poluentes da água, utilizando tanques com camadas filtrantes e plantas que absorvem nutrientes como fósforo e nitrogênio.
“O sistema basicamente reproduz o que acontece na natureza. Esta tecnologia permite um tratamento de esgoto muito eficiente, de fácil operação e barato”, explicou o engenheiro ambiental.
Segundo ele, o sistema também oferece benefícios estéticos e pode ser incorporado à paisagem urbana.
“Se bem operado, gera uma solução paisagística muito interessante, bonita e que pode ser visitada pela população, sem qualquer odor ou outros inconvenientes”, disse.
O investimento em Ramilândia será de R$ 12,2 milhões. A cidade receberá 11 quilômetros de rede coletora e uma nova estação de tratamento de esgoto (ETE).
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