Maior ladrão de Hilux do país é preso em MG; luxo do litoral de SC atraía criminoso

Teófilo Alves Rodrigues foi preso em 2024, mas posto em liberdade meses depois – Foto: Reprodução/ND

Considerado o maior ladrão de Hilux do Brasil, Teófilo Alves Rodrigues foi preso nesta quarta-feira (11) em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais. O criminoso foi um dos alvos da operação Rota Cone Sul, desencadeada pela Polícia Civil de Santa Catarina em maio deste ano.

Ele é considerado um dos líderes da “Gangue da Hilux”, que atua em diversos estados do Brasil. Teófilo, possui dezenas de antecedentes criminais por furtos, receptação e adulteração de sinais identificadores de veículos, resultantes de 15 anos de atuação nesse tipo de crime.

Além de ser procurado em Santa Catarina, o ladrão de Hilux também é investigado por esses crimes nos estados do Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Espírito Santo. A captura foi realizada pela Depifrva (Divisão Especializada em Prevenção e Investigação a Furto e Roubo de Veículos. Automotores) de Minas Gerais.

Quem é o ladrão de Hilux, preso em Belo Horizonte?

Conforme apurado pelo ND Mais, Teófilo Alves Rodrigues é natural de Minas Gerais e possui ligação com o CV (Comando Vermelho), uma das principais facções criminosas do Rio de Janeiro. Em Santa Catarina, a organização é aliada ao PGC (Primeiro Grupo Catarinense), grupo criminoso que nasceu em Florianópolis e tem mais de dez mil membros espalhados pelo estado.

O ladrão de Hilux é um dos líderes da gangue especializada nesse tipo de crime e possui dezenas de antecedentes criminais. Teófilo já foi preso diversas vezes e é considerado o maior ladrão de camionetes do Brasil. Os veículos furtados eram revendidos para países como Paraguai, Argentina e Bolívia.

“Ele é um dos maiores autores de furto de Hilux do país, não à toa também é investigado no Rio de Janeiro, Espírito Santo e Santa Catarina. Essas quadrilhas migram de estado para estado conforme há repressão policial”, destaca o chefe da Depifrva de Minas Gerais, delegado Luciano Guimarães Nascimento, à reportagem do ND Mais.

Como atua a Gangue da Hilux?

Segundo apurado pela Polícia Civil catarinense, a organização criminosa tem um esquema estruturado e com funções bem definidas, acompanhando as vítimas para entender o melhor momento de cometer o roubo. Após escolher os alvos, a Gangue da Hilux realizava os furtos e, quase que imediatamente, adulterava os sinais identificadores dos veículos.

De posse dos veículos, os criminosos tratavam de enviar os carros para estados diferentes de onde tinham sido roubados, até mesmo para fora do país. Em alguns casos, devolviam os veículos ao Brasil como se estivessem legalizados.

O grupo, liderado pelo ladrão de Hilux, passou a cometer crimes em Santa Catarina, principalmente, atraídos pelo alto poder aquisitivo da população em Balneário Camboriú, conhecida como a “Dubai brasileira”.

Criminosos, liderados pelo principal ladrão de Hilux do Brasil, são especializados no furto da camionete de luxo – Foto: Divulgação/ND

“A segurança do estado faz com que as vítimas acabem deixando os veículos estacionados na rua, durante à noite, o que facilita a ação dos criminosos. A maioria das pessoas, pelo alto poder aquisitivo, possuem esses carros de luxo. Como a quadrilha atua no país inteiro, viram essa facilidade em Balneário Camboriú”, explica o titular da DRV/DEIC (Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos), delegado Diego de Azevedo.

Além do principal ladrão de Hilux do Brasil, a polícia de Minas Gerais também capturou, nesta quarta-feira, um segundo criminoso, ligado ao esquema de furto, roubo e revenda dos veículos de luxo. Cada carro é vendido por valores entre R$ 13 e R$ 15 mil no mercado paralelo. Na operação deflagrada pela PCSC em maio, duas pessoas foram presas.