Multas injustas: como recorrer e quais são os erros mais comuns cometidos pelo sistema?

Receber uma multa de trânsito é uma situação que pode causar dúvidas e preocupações, especialmente quando o motorista acredita que a autuação foi indevida. Em 2025, o aumento no uso de sistemas automatizados de fiscalização trouxe avanços, mas também elevou o número de relatos sobre multas injustas. Por isso, entender como recorrer e identificar os principais equívocos cometidos pelo sistema é fundamental para quem deseja exercer seu direito de defesa.

O processo de contestação de multas de trânsito está previsto na legislação brasileira e garante ao condutor a possibilidade de apresentar argumentos e provas para demonstrar eventuais falhas na autuação. Muitas vezes, a falta de conhecimento sobre os procedimentos e prazos pode dificultar a defesa, tornando essencial a busca por informações claras e atualizadas sobre o tema.

O que caracteriza uma multa injusta?

Uma multa é considerada injusta quando o condutor é penalizado sem ter cometido a infração ou quando há erros na identificação do veículo, do local, da data ou do horário. Problemas como falhas em radares, placas ilegíveis, inconsistências nos dados do auto de infração e notificações enviadas fora do prazo também podem tornar a penalidade inválida. Em alguns casos, o uso de sistemas automáticos pode gerar autuações equivocadas, como registros duplicados ou confusão entre veículos semelhantes.

Além disso, situações em que o agente de trânsito preenche incorretamente o auto de infração ou deixa de fornecer informações obrigatórias podem ser consideradas motivos legítimos para contestação. Por isso, é importante analisar detalhadamente a notificação recebida, verificando todos os dados e conferindo se estão de acordo com a realidade dos fatos.

Como recorrer de multas injustas?

O recurso de multa de trânsito pode ser apresentado em três etapas distintas: defesa prévia, recurso à Junta Administrativa de Recursos de Infrações (JARI) e recurso ao Conselho Estadual de Trânsito (CETRAN) ou órgão equivalente. Cada fase possui prazos específicos, que devem ser respeitados para garantir o direito de defesa.

  1. Defesa prévia: Nesta etapa, o condutor pode apontar erros formais na autuação, como informações incorretas ou ausência de dados obrigatórios. O prazo geralmente é de até 30 dias após o recebimento da notificação.
  2. Recurso à JARI: Caso a defesa prévia seja indeferida, é possível recorrer à JARI, apresentando argumentos e provas que demonstrem a inexistência da infração ou a ocorrência de erro no processo.
  3. Recurso ao CETRAN: Se o recurso for negado na JARI, ainda há a possibilidade de recorrer ao CETRAN, última instância administrativa para contestação de multas.

É recomendável reunir documentos como fotos, vídeos, recibos e testemunhos que possam comprovar a situação alegada. O uso de linguagem clara e objetiva na redação do recurso aumenta as chances de sucesso.

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Imagem ilustrativa de juri – Créditos: depositphotos.com / AndrewLozovyi

Quais são os erros mais comuns cometidos pelo sistema de multas?

Os sistemas de fiscalização eletrônica, embora precisos, não estão livres de falhas. Entre os erros mais frequentes, destacam-se:

  • Leitura incorreta de placas: Câmeras e radares podem confundir caracteres, gerando autuações para veículos que não estavam no local.
  • Registro de infrações em horários incompatíveis: Multas emitidas em horários em que o veículo estava estacionado ou fora de circulação.
  • Notificações fora do prazo: O envio tardio da notificação pode invalidar a penalidade, conforme previsto no Código de Trânsito Brasileiro.
  • Falhas na sinalização: Ausência ou má conservação de placas de trânsito pode induzir o motorista ao erro e resultar em autuações indevidas.
  • Problemas em equipamentos: Radares descalibrados ou mal posicionados podem registrar velocidades incorretas.

Esses equívocos reforçam a importância de analisar cuidadosamente cada notificação recebida e, se necessário, buscar orientação especializada para preparar a defesa.

Vale a pena recorrer de todas as multas?

Nem toda autuação injusta resulta em cancelamento da penalidade, mas o direito de defesa é garantido por lei. Recorrer é um procedimento gratuito e pode evitar pontos na CNH e custos financeiros desnecessários. No entanto, é importante avaliar cada caso, considerando a existência de provas e a possibilidade real de êxito no recurso.

Em 2025, a digitalização dos processos de trânsito tornou o envio de recursos mais acessível, permitindo que o condutor acompanhe o andamento pela internet. Mesmo assim, a atenção aos detalhes e o respeito aos prazos continuam sendo fatores determinantes para o sucesso na contestação de multas injustas.

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