Exonerado e na lista da Interpol por fraude, ex-assessor do DF segue solto no Brasil; entenda

James Marciel de Sousa Oliveira consta como procurado na difusão vermelha da Interpol – Foto: Reprodução/Interpol/ND

James Marciel de Sousa Oliveira, brasileiro procurado pela Interpol, foi exonerado pelo governo do Distrito Federal nessa quarta-feira (11). Ele foi incluído na relação a pedido do governo da Argentina.

O brasileiro atuava em cargo comissionado como conselheiro no Codes-DF (Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico do Distrito Federal).

Conforme publicado pelo Metrópoles, a nomeação de James aconteceu em agosto de 2024. Três anos antes, o brasileiro procurado pela Interpol foi assessor técnico na secretaria de Cultura e Economia Criativa.

Quem é o brasileiro procurado pela Interpol?

James Marciel de Sousa Oliveira, de 48 anos, consta como procurado na página da polícia internacional por associação ilícita e fraude especial para uso de dados de terceiros em cartões de débito ou crédito. A inclusão dele na relação foi feita pelo governo argentino.

Nas redes sociais, ele compartilhava imagens da entrega de cestas básicas a famílias carentes e postagens de cunho político. O perfil do Instagram pertencia à ONG James e os Anjos em Ação (@jameseosanjos), mas foi desativado.

Brasileiro procurado pela Interpol foi exonerado pelo governo do Distrito Federal – Foto: Shutterstock/Reprodução/ND

A Polícia Federal e Polícia Civil do Distrito Federal informaram que desconhecem o paradeiro do brasileiro procurado pela Interpol. Ao assumir o cargo público, James apresentou todas as certidões negativas exigidas pela administração estadual.

Por que o brasileiro ainda não foi preso?

A reportagem do ND Mais entrou em contato com o STJ (Superior Tribunal de Justiça) para entender o porquê do brasileiro procurado pela Interpol ainda não ter sido preso, uma vez que ele está em território nacional. O órgão não retornou até o fechamento desta reportagem.

STJ não localizou sentenças contra James Marciel de Sousa Oliveira – Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo

À imprensa, contudo, o STJ explicou que não localizou nenhuma homologação de decisão estrangeira no banco de dados utilizado para a consulta. A defesa do ex-servidor do Distrito Federal informou ao Metrópoles que o brasileiro procurado pela Interpol desconhecia qualquer processo criminal.