Sete em cada dez famílias estão endividadas em Florianópolis, aponta Fercomércio

Sete em cada dez famílias estão endividadas em Florianópolis, cerca de 72%, apontou um estudo da Fecomércio SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo). Mesmo assim, a capital catarinense foi a que registrou a maior redução de inadimplência entre 2022 e 2024, com cerca de 2,1% a menos de casas endividadas.

Sete em cada dez famílias estão endividadas em Florianópolis, foto mostra Beira-Mar na capital

Florianópolis registrou uma redução de 2,1% na proporção de famílias endividadas – Foto: Reprodução/ND

As outras duas capitais do Sul no Brasil também estão entre as que mais reduziram o índice de famílias endividadas: Curitiba (-1,9%) e Porto Alegre (- 1,2%). No entanto, mesmo com a redução, a capital gaúcha ainda detém o posto de capital mais endividada do Brasil, proporcionalmente.

Cerca de 1,45 milhão das famílias brasileiras ficaram endividadas em dois anos

A Fecomércio aponta que, ainda que o índice de endividamento das capitais brasileiras tenha se mantido intacto nos últimos dois anos, com 78% de lares endividados, o número absoluto de famílias convivendo com contas atrasadas nessas cidades subiu 12,8% no mesmo período — passando de 11,28 milhões de lares nessa situação, em 2022, para 12,73 milhões neste ano.

Isso significa que 1,45 milhão das famílias nas capitais brasileiras passaram a ter dívidas ativas nesse intervalo, como fatura do cartão de crédito, boletos do varejo ou financiamentos de carros e imóveis.

Aumento populacional influenciou aumento de dívidas

De acordo com a FecomercioSP, a principal explicação para esse fenômeno é geográfica, já que houve aumento populacional desses centros urbanos nos últimos anos, crescendo, também, a quantidade de lares. Assim, embora a proporção de casas endividadas tenha se mantido estável, a elevação do número de famílias impactou a quantidade de gente endividada nesses locais.

No entanto, os efeitos econômicos desse fato não são tão positivos, na visão da entidade. Especialistas da Fecomércio alertaram que quanto maior o número de famílias convivendo com dívidas, mais caro fica o crédito no mercado, elevando, como consequência, o risco de inadimplência, principalmente em um cenário de juros altos ou inflação pressionando o consumo.

Ranking de inadimplência de famílias entre capitais

  1. Salvador (BA): 66%
  2. Campo Grande (MS): 66%
  3. Macapá (AP): 68%
  4. Goiânia (GO): 68%
  5. Belém (PA): 69%
  6. Maceió (AL): 70%
  7. São Paulo (SP): 70%
  8. Florianópolis (SC): 72%
  9. São Luís (MA): 73%
  10. Palmas (TO): 75%
  11. Rio Branco (AC): 77%
  12. Distrito Federal (DF): 78%
  13. Manaus (AM): 79%
  14. Recife (PE): 79%
  15. Porto Velho (RO): 84%
  16. Teresina (PI): 86%
  17. Rio de Janeiro (RJ): 86%
  18. Natal (RN): 86%
  19. Cuiabá (MT): 87%
  20. João Pessoa (PB): 87%
  21. Aracaju (SE): 87%
  22. Fortaleza (CE): 88%
  23. Belo Horizonte (MG): 90%
  24. Curitiba (PR): 90%
  25. Boa Vista (RR): 90%
  26. Vitória (ES): 91%
  27. Porto Alegre (RS): 91%
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