Polícia prende 7 palmeirenses acusados de participar de emboscada contra torcedores do Cruzeiro em SP


Operação tem como objetivo cumprir 13 mandados de prisão temporária e 23 mandados de busca e apreensão em seis cidades da Região Metropolitana de SP. Briga entre torcedores do Palmeiras e Cruzeiro deixa 1 morto e 20 feridos em SP
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa de São Paulo (DHPP) realiza na manhã desta terça-feira (3) uma nova operação com 13 mandados de prisão temporária contra acusados de participação na emboscada contra torcedores do Cruzeiro, por parte de integrante da torcida organizada Mancha Verde, do Palmeiras.
Participam da operação 66 policiais e 25 viaturas da Polícia Civil, que também cumprem 23 mandados de busca e apreensão em seis cidades da Região Metropolitana de São Paulo.
Até o momento a polícia já prendeu sete dos 13 suspeitos procurados.
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As cidades alvo da operação são a capital paulista, Bragança Paulista, Osasco, Carapicuíba e Santana do Parnaíba.
A investigação faz parte do inquérito policial que investiga a emboscada sofrida pelos cruzeirenses na rodovia Fernão Dias, no final de outubro.
Os alvos da ação do DHPP são suspeitos de participar da emboscada que matou um torcedor da Máfia Azul e feriu outros 17 cruzeirenses no dia 27 de outubro.
Lideranças foragidas
Os cinco palmeirenses procurados por emboscada a cruzeirenses (da esquerda para a direita): Jorge Santos, Leandro Santos, Aurélio Lima (na primeira linha); Felipe Santos e Neilo Silva (na segunda linha)
Reprodução
Passados mais de um mês da emboscada da Mancha Alviverde contra a Máfia Azul, cinco palmeirenses continuam foragidos (veja foto acima)
Outros dois integrantes da torcida do Palmeiras estão presos pelo ataque aos ônibus dos fãs do Cruzeiro (veja foto abaixo).
O atentado dos palmeirenses contra os cruzeirenses foi cometido no último dia 27 de outubro na Rodovia Fernão Dias, em Mairiporã. Eles usaram pedaços de paus, pedras, barras de ferro e rojões. De acordo com a Polícia Civil, a Mancha queria se vingar da Máfia por uma briga que perdeu em 2022 em Minas Gerais.
O Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na capital paulista, analisou vídeos da emboscada, gravados pelos próprios palmeirenses que foram postados nas redes sociais, e identificou ao menos 18 membros da Mancha pelo ataque.
A Justiça decretou as prisões temporárias de sete desses torcedores do Palmeiras. A polícia pediu ainda as detenções de mais 11 palmeirenses identificados. Até a última atualização desta reportagem não havia nenhuma decisão judicial a respeito das solicitações.
Quem são os 5 procurados
Briga entre torcedores do Palmeiras e Cruzeiro deixa 1 morto e 20 feridos em SP
Veja abaixo quem são os cinco palmeirenses procurados:
Jorge Luiz Sampaio Santos: presidente da Mancha é apontado pela investigação como o responsável por idealizar, planejar e executar a emboscada aos cruzeirenses. Teve a prisão temporária decretada mas está foragido.

Felipe Mattos dos Santos: o “Fezinho”, vice-presidente da torcida, também é investigado por participação decisiva na execução do plano. Segue foragido.

Leandro Gomes dos Santos: o “Leandrinho”, diretor da organizada, é foragido.

Aurélio Andrade de Lima: torcedor da Mancha, está foragido.

Neilo Ferreira e Silva: o “Lagartixa”, professor de boxe e muai thai, apontado como linha de frente da Mancha na emboscada, segue foragido.
Quem tiver informações sobre o paradeiro dos investigados pode telefonar para o Disque-Denúncia pelo número 181. Não é preciso se identificar.
Os dois palmeirenses presos
Palmeirenses Alekssander Ricardo Tancredi e Jeovan Fleury Patini
Reprodução
Quem for identificado e preso será indiciado pelo DHPP por participar do homicídio do cruzeirense José Victor Miranda. Também será responsabilizado criminalmente por lesão corporal devidos aos ferimentos causados nos outros torcedores do Cruzeiro. E ainda serão punidos por dano, tumulto e associação criminosa no contexto da Lei Geral do Esporte.
É o caso dos palmeirenses Jeovan Fleury Patini e Alekssander Ricardo Tancredi, presos, respectivamente, na terça-feira (25), e no dia 1º de novembro. Eles foram indiciados pelos crimes descritos acima.
O g1 tenta contatar as defesas dos torcedores investigados para comentarem o assunto.
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