Começa nesta quarta a obra de novo porto com 1.295 vagas

Perspectiva do Porto Central: 1º fase será destinada ao transbordo de petróleo

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Divulgação/Porto Central

Com proposta de ser um dos maiores complexos portuários da América Latina, com área de 1.800 hectares (equivalente a 1.800 campos de futebol), o Porto Central, em Presidente Kennedy, Sul do Estado, começa a ser construído nesta quarta-feira (04).As obras começam com a supressão vegetal — retirada da mata — em cerca de 65 hectares. Depois, virão as obras civis de terraplanagem e implantação do canteiro. A construção vai requisitar a contratação direta de 1.295 profissionais no pico das obras, até 2027, data prevista para conclusão da primeira fase.Também estão previstas a produção, transporte e armazenagem de rochas para o quebra-mar sul, a instalação da central de fabricação dos elementos de concreto e a dragagem do canal de acesso, destacou Jessica Chan, gerente comercial do Porto Central.Um destaque desta fase é a adoção do Programa de Dragagem Adaptativa (PGDA), iniciativa pioneira no País, com alta tecnologia para minimizar impactos ambientais durante as obras marítimas.Serão R$ 2,6 bilhões de investimentos na Fase 1, que contemplará a construção da infraestrutura portuária para exportação de petróleo.Será um terminal de granéis líquidos de águas profundas dedicado ao transbordo de petróleo entre navios (ship-to-ship), em área protegida, oferecendo segurança e eficiência para operações com embarcações de grande porte, como os Very Large Crude Carriers (VLCCs), segundo o Porto Central.O projeto, diz a empresa, posiciona-se estrategicamente no contexto logístico nacional, atendendo à crescente demanda por infraestrutura moderna e eficiente.“Estamos prontos para contribuir com o desenvolvimento do setor portuário brasileiro e a crescente demanda para exportação de petróleo, oferecendo capacidade adicional para exportação de petróleo e reduzindo custos logísticos”, disse o diretor Angelo Santos.Sobre a criação de empregos, as vagas diretas serão preenchidas durante o andamento das obras.“Os interessados podem se cadastrar no site do porto, mas as vagas vão sendo anunciadas aos poucos. Queremos contratar 70% de mão de obra local. Vamos buscar parcerias para formação de profissionais entre moradores da região”, enfatizou.Confiança em rodovia e ferroviasA primeira fase do Porto Central será voltada exclusivamente para o mar. Mas nas fases seguintes será essencial ter estrutura rodoviária e ferrovia até o porto. Segundo a gerente comercial do Porto Central, Jessica Chan, essa estrutura logística não preocupa e os representantes do porto estão confiantes quanto aos modais de acesso.“Nessa primeira fase não tem alterações na ES-060. Nas fases futuras, terá mudanças no traçado da ES-060, melhorias na ES-162, e expansão da ES-297 até o porto, como já definido junto com o governo do Estado e a prefeitura de Presidente Kennedy”, disse.Sobre as ferrovias, as EF-118 e a EF-352 serão fundamentais para as fases seguintes, e a direção do Porto Central disse que tem acompanhado o desenrolar de cada passo e está confiante na construção.No último dia 22, A Tribuna destacou a situação das ferrovias, e mostrou a confiança de integrantes do porto, principalmente com a EF-352 que ligará Presidente Kennedy e Goiás, no Centro-Oeste.O porto já articula os próximos passos para consolidar posição estratégica no setor portuário. Segundo Jessica, além do transbordo de petróleo na Fase 1, o complexo está estruturado e licenciado para permitir expansões e a diversificação de operações. As próximas fases tem previsão de conclusão em 2040.DETALHESO Porto CentralCom investimento inicial de R$ 2,6 bilhões e todas as licenças ambientais emitidas pelo Ibama, a Fase 1 contemplará a construção da infraestrutura portuária necessária para um terminal de granéis líquidos de águas profundas. O terminal será dedicado ao transbordo de petróleo entre navios (ship-to-ship), em área protegida, oferecendo segurança e eficiência para operações com embarcações de grande porte, como os Very Large Crude Carriers (VLCCs).EmpregosNo pico das obras da Fase 1, devem ser contratados até 1.295 empregados diretos, com 70% de mão de obra local. Há prioridade por fornecedores e profissionais das áreas de influência do porto, e o empreendimento desencoraja que pessoas de outras regiões migrem em busca de oportunidades.Entre os cargos, estão engenheiros; mecânicos; eletricistas; bombeiros; pedreiros; encarregados; motoristas de caminhões; ajudantes; operadores de máquinas; técnicos de TI, ambientais e de Segurança do Trabalho; biólogos; soldadores; almoxarife; vigias; mestres de obras; serventes; montadores; carpinteiros, armadores, analistas ambientais, assistentes administrativos.interessados podem se cadastrar no site https://www.portocentral.com.br/trabalhe-conosco/. Nas fases futuras, até 2040, o pico de trabalhadores será de 4.200.Próximos passosO porto já está em negociação e com estudos técnicos necessários para o desenvolvimento dos próximos terminais, em destaque o estaleiro de descomissionamento e reciclagem sustentável de navios em parceria com a M.A.R.S e um hub de movimentação de contêineres.

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