
Uma experiência feita por cientistas em uma universidade nos Estados Unidos estudou o comportamento de ratos viciados em dirigir. A descoberta sobre um “vício” em carrinhos intrigou os profissionais.

Estudo mostrou que ratos se tornaram “viciados” em dirigir – Foto: Kelly Lambert/Reprodução ND
Ratos viciados em carrinhos
Tudo começou quando Kelly Lambert, neurocientista da Universidade de Richmond, decidiu estudar se ratos poderiam aprender a dirigir carrinhos, construídos especialmente para eles.
O experimento começou há alguns anos, com a criação de um carrinho simples feito de uma caixa de cereais, equipado com hastes de cobre para direção e um sistema que permitia aos roedores acelerar puxando um fio.

Experimento mostrou que roedores podem aprender a dirigir. – Foto: Kelly Lambert/Reprodução ND
Ao receberem recompensas, os ratos viciados em dirigir não apenas aprenderam, mas pareciam aprimorar sua prática no volante, enquanto se moviam em direção aos seus objetivos, petiscos.
Durante a pandemia, os pesquisadores notaram que os ratos demonstravam entusiasmo ao se aproximarem dos carrinhos, como se estivessem animados com o próprio carrinho, não com a recompensa.
Graças à descoberta, o objetivo do estudo foi modificado, com foco nas experiências positivas que moldavam o cérebro dos roedores.

Os animais demonstravam entusiasmo ao se aproximarem dos carrinhos, como se estivessem animados com o próprio carrinho, não com a recompensa. – Foto: Kelly Lambert/Reprodução ND
Mudanças cerebrais
Na fase seguinte do experimento, a equipe introduziu um programa chamado “Wait For It”. A ideia era fazer os animais esperarem por suas recompensas e aumentar a expectativa.
Como resultado, os roedores que aprendiam a esperar eram mais otimistas e resolviam problemas com mais confiança.
Além disso, foram indicadas mudanças na química cerebral, semelhantes aos efeitos de medicamentos.
Atualização nos veículos
Os cientistas decidiram ir além, e entregaram veículos atualizados e resistentes aos animais, projetados pelo departamento de robótica da universidade.

foram indicadas mudanças na química cerebral, semelhantes aos efeitos de medicamentos. – Foto: Kelly Lambert/Reprodução ND
Agora, os ratos podem escolher entre um caminho curto e direto para a recompensa ou um trajeto mais longo.
Para a surpresa da equipe, grande parte dos roedores decidiu ir pelo caminho mais longo, como se tivessem vontade de dirigir.
Prazer em dirigir
Alguns ratos chegaram a mostrar animação antes de começar o trajeto, acionando a alavanca de aceleração.
Além de apresentarem uma curva em forma de S na cauda, indicando liberação de dopamina, hormônio ligado ao prazer.
O estudo revelou que o ato afetou os receptores de recompensa no cérebro dessa espécie, revelando o prazer em dirigir.