Semana de altos e baixos: política, saúde de Lula e Selic movimentam investidores

A última semana foi marcada por fatores extracampo que influenciaram significativamente o mercado financeiro brasileiro. Marco Prado, apresentador do Pre-Market, aponta para um cenário complexo, onde a política e questões de saúde do presidente Lula desempenharam papéis de destaque, impactando diretamente as decisões dos investidores.

Política em foco, mas com limitações

A semana começou com expectativas otimistas após a aprovação de pautas importantes pela Câmara dos Deputados sob a liderança de Arthur Lira. No entanto, a ausência de quórum suficiente para a continuidade da votação de outras propostas fundamentais criou um mal-estar no mercado, revertendo o sentimento positivo inicial.

Impacto da saúde de Lula no mercado

No meio da semana, o incidente envolvendo a saúde do presidente Lula gerou especulações sobre sua capacidade de concorrer à reeleição em 2026. Segundo Prado, a falta de um adversário à altura na direita animou o mercado, levando a bolsa brasileira a atingir 130 mil pontos, em um movimento considerado “irracional” por analistas.

Marco Prado, trader e apresentador do Pre-Market

No entanto, essa euforia durou pouco. A decisão do Banco Central de aumentar a taxa Selic em 1% e sinalizar possíveis novos ajustes gerou reações negativas. O comunicado foi interpretado como falta de compromisso com a parte fiscal, destacando um desalinhamento com as demandas do mercado financeiro.

Cenário internacional: alívio limitado

Enquanto isso, no exterior, os dados de inflação dos Estados Unidos indicaram que a economia americana permanece em trajetória controlada, alimentando a expectativa de um corte de 0,25% na taxa de juros pelo Federal Reserve na próxima semana. Na China, as promessas de estímulos econômicos para 2025 impulsionaram inicialmente o otimismo nas bolsas asiáticas, mas foram seguidas por ajustes naturais de realização de lucros. A Europa, por sua vez, continua estável, com algumas bolsas atingindo recordes de pontuação.

O mercado financeiro brasileiro segue pressionado, refletindo as incertezas internas e os sinais ambíguos do cenário externo. Como ressalta Marco Prado, apesar dos fatores positivos vindos do exterior, o Brasil continua enfrentando desafios econômicos que geram preocupações entre investidores, especialmente diante da necessidade de ajustes fiscais e da instabilidade política.

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