Para PF, inquérito do golpe não está encerrado e novos dados serão enviados ao STF e PGR

A operação da Polícia Federal da manhã deste sábado, que levou à prisão do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa, da Casa Civil e candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, faz parte do inquérito da tentativa de golpe de Estado e irá reforçar as informações já enviadas à Procuradoria Geral da República (PGR).
Segundo relataram ao blog fontes que acompanham de perto as investigações, o inquérito não foi encerrado pela PF. Mais do que isso, os agentes seguem desenvolvendo mais etapas da investigação. Cada novo bloco será enviado ao Supremo Tribunal Federal e, de lá, para a PGR. É o que vai acontecer com as informações colhidas a partir da operação deflagrada hoje e com o conteúdo do depoimento de Braga Netto, que irá ocorrer na tarde de hoje no Rio. Não há definição ainda sobre uma transferência para Brasília.
A PGR está desde novembro com o inquérito, concluído pela PF e enviado ao relator do caso no STF, ministro Alexandre de Moraes. Nove integrantes do Ministério Público estão mergulhados no caso, que será também examinado pelo próprio Procurador-Geral da República, Paulo Gonet. Segundo fontes próximas ao PGR, a análise deve se estender e a expectativa é que até março seja concluída, mas o impacto das novas informações pode antecipar as conclusões.