A cada um carro 0 km, cinco usados são vendidos no ES

A cada carro 0km cinco usados são vendidos no Espírito Santo

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A compra de um carro no fim de ano é tradição ou desejo de muitos consumidores. Mas um dado chama a atenção: a revenda de veículos usados está com o pé no acelerador.Para cada veículo zero que sai das concessionárias pelo menos outros cinco usados são vendidos no Espírito Santo, realidade que também se aplica ao País.Um dos fatores é que apesar de as montadoras estarem conseguindo esvaziar os pátios, nem todo mundo pode pagar por um carro zero.Pelo ranking no Estado passado pela Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto), os modelos que lideram as vendas de seminovos e usados são: Gol, Corolla , HB20, Onix, Uno, Palio, KA, Siena, Celta e Fox.Diretor executivo do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Estado (Sincodives), José Francisco Costa, confirma essa realidade no Espírito Santo. Ele revela que a média de veículos novos vendidos por mês no Espírito Santo é de 9 mil, enquanto que o de seminovos e usados é de cerca de 40 mil. Em novembro, por exemplo, foram vendidos 8.240 veículos novos de todos os segmentos, contra 9.835 unidades vendidas em outubro no Espírito Santo.Ele explicou o que justifica essa realidade. “Metade da população brasileira tem renda menor e com a retirada de quase todos os carros populares, carros de entrada chamados carros 1000 de motorização, muitas pessoas não conseguem comprar um veículo zero”.E prosseguiu: “Os carros que estão no mercado, os SUVs, estão em uma faixa de preço bem mais alta. Então, essa quantidade de pessoas da população, da base da pirâmide, elas não conseguem mais ter acesso aos carros zero quilômetro. A alternativa é o usado e o seminovo”.Outro fator que têm contribuído para o aumento nas vendas de carros seminovos é o crescimento do mercado de aplicativos.Animado com as vendas de fim de ano, o diretor da Associação dos Revendedores Independentes de Veículos do Espírito Santo (Arives), Herbert Monjardim, conta que os carros automáticos têm liderado a procura no segmento de seminovos, sobretudo aqueles que custam até R$ 70 mil.Vendas se aproximam de novo recordeO segmento de veículos seminovos e usados está prestes a bater um novo recorde de vendas, até o final deste ano.Relatório divulgado pela Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto) com os dados de novembro, mostra que o acumulado deste ano já alcançou 14.303.158 de unidades, um crescimento de 9,5% em relação ao mesmo período de 2023.Como novembro teve quatro dias úteis a menos que outubro, o comparativo entre esses meses teve uma queda nominal de 12,2%, mas manteve um resultado positivo, na média por dia útil, de 6,3%.Outro ponto positivo que aponta para um novo recorde é que na comparação com novembro de 2023, novembro apresentou um crescimento de 5,2%, tanto em números absolutos como na média por dia útil.“Estamos na reta final do ano e, normalmente, como sempre acontece nesta época, a procura por veículos sempre aumenta, com as promoções feitas pelas lojas e a injeção do 13º salário na economia. Com isso, esperamos alcançar um novo recorde de vendas, atingindo algo perto de 15,5 milhões de veículos no ano”, declarou Enilson Sales, presidente da Fenauto.O diretor executivo do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Estado (Sincodives), José Francisco Costa, também falou sobre o momento oportuno para alavancar as vendas. “No Estado, no acumulado do ano de 2024, foram emplacados 94.072 veículos, contra 76.142 no mesmo período de 2023, o que representa um crescimento de 23,55%. Dezembro normalmente é bom de venda, há muita procura, há dinheiro no mercado com a entrada do 13º salário. De férias, as pessoas também querem comprar um carro. Então, se é um mês favorável, se nós temos estoque nas empresas, deverá ser um mês bom de vendas. A ideia do segmento é que a gente feche na casa de 25% de crescimento”.Raio X Em novembro deste ano, foram vendidos 8.240 veículos novos de todos os segmentos, contra 9.835 unidades vendidas em outubro no Estado, segundo o Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Estado (Sincodives).Já os seminovos e usados totalizaram cerca de 40 mil.As diferenças  Veículo zeroUm carro novo, que nunca foi usado e está em perfeitas condições. A documentação já vem regularizada, e não há riscos de multas ou pendências. Carro seminovoÉ aquele com menos de três anos de uso, que tinha apenas um proprietário e tem baixa quilometragem, geralmente entre 2 mil e 20 mil quilômetros. Carro usadoUm carro com mais de três anos de uso, que já teve mais de um proprietário e tem quilometragem elevada, acima dos 20 mil quilômetros rodados.Vendas40 mil veículos são transferidos por mês no Estado Já as vendas de carros zeros ficam em torno de 9 mil por mêsIsso significa que…Para cada veículo zero que sai das concessionárias ao menos outros cinco usados são comercializados no Estado.FIQUE POR DENTROAlguns modelos mais vendidos de seminovos e usadosAutomóveisMarca/modelo Novembro1º Volkswagen Gol:   1.3462º Toyota Corolla:   1.3353º Hyundai HB20:  9584º GM Onix:  7495º Fiat Uno:  6996º Fiat Palio:  6227º Ford KA:  5038º Fiat Siena:  4849º GM Celta:  47910º Volkswagen Fox:  467 Outros:  12.019 Total: 19.661 Comerciais leves Marca/modelo Novembro1º Fiat Strada:  1.1402º Toyota Hilux:  5823º Fiat Toro:  5134º VW Saveiro:  5005º GM S10: 3916º Ford Ranger:  2097º GM Montana:  1508º Mitsubishi L200:  1409º Fiat Fiorino:  9710º VW Amarok:  92 Outros:  488 Total: 4.302 Motos Marca/modelo Novembro1º Honda CG150:  1.7332º Honda BIZ:  1.1483º Honda NXR150:  9214º Honda CG 125:  5075º Honda XRE 300:  2116º Honda POP 100:  1887º Honda PCX 150:  1798º Yamaha XTZ 250:  1279º Honda CB 300R:  11710º Honda XRE:  114 Outros: 2.042 Total:  7.287 Cidades que lideram as transferências de veículos1º Serra:  49662º Vila Velha:  42233º Vitória:  29064º Cariacica:  28525º Cachoeiro de Itapemirim:  20206º Linhares:   18087º Colatina:  16258º Guarapari:  16019º São Mateus:  99910º Aracruz:  764Fonte: Fenauto, Sincodives e pesquisa A Tribuna