Federação de Futebol do ES capacita 32 árbitros para a função de VAR

A Federação de Futebol do Estado do Espírito Santo (FES) promove até a próxima terça-feira (24) um curso de homologação para que 32 árbitros – 16 centrais e 16 assistentes – do Estado possam atuar na função de Árbitro de Vídeo (VAR) na próxima temporada.

estrutura do local tem três cabines para que os árbitros capixabas possam realizar o treinamento especializado.

Federação de Futebol do Estado capacita 32 árbitros locais para a função de VAR, com simuladores e práticas de análise ao vivo

Curso sobre VAR da Federação do Espírito Santo de Futebol

Na foto: O curso acontece no 38º Batalhão de Infataria

|  Foto:
FÁBIO NUNES/AT

O treinamento está ocorrendo desde a última quinta-feira nas instalações do 38° Batalhão de Infantaria, em Vila Velha, com situações teóricas e práticas, simuladores de jogo e partidas entre categorias de base de equipes capixabas, para que as técnicas aprendidas possam ser aplicadas. Marcos André Gomes, presidente da Comissão de Arbitragem da FES, instrutor CBF e FIFA do VAR, falou sobre o objetivo da iniciativa. “Esse treinamento visa habilitar os árbitros a utilizarem a ferramenta, o que é uma exigência da FIFA. Por isso, estamos montando essa estrutura para capacitar os árbitros para o Capixabão de 2025, que terá a utilização do VAR Light em todas as rodadas”, contou.Ele explicou como a estrutura do local foi montada para o curso. “Temos três cabines: duas interligadas diretamente ao campo de jogo, onde ocorrem as análises ao vivo, como se fosse uma partida real do campeonato estadual; e uma outra cabine com simuladores, onde os árbitros praticam lances gravados previamente, com situações determinadas, para aprimorar a compreensão do jogo usando o VAR”, informou.O árbitro capixaba Wesley Silva, que atuou no Capixabão, na Copa ES e na Série D deste ano, elogiou o treinamento. “Ele não só melhora nossa carreira, mas também contribui para o desenvolvimento do futebol capixaba e traz mais justiça ao jogo. É um processo muito bom, tanto para os árbitros quanto para as partidas e os atletas. O VAR aumenta a precisão das decisões e a transparência das ações em campo”, disse. “O VAR é importante porque traz mais justiça às decisões do árbitro e torna claro para o público as escolhas feitas, corrigindo possíveis equívocos. O VAR já é uma realidade no futebol mundial e, agora, no futebol capixaba. A implementação do VAR no nosso estado, graças ao esforço do presidente, da comissão de arbitragem e da federação, é um grande avanço, que traz mais credibilidade às competições”, finalizou.“Importância é enorme para o futebol”, afirma BassolsPéricles Bassols, 49, ex-árbitro e atual gerente técnico de VAR da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), é, ao lado de Marcos André, um dos instrutores do curso. Ele frisou sobre a relevância da utilização da tecnologia no Brasil. “A importância é enorme para o futebol brasileiro. Quando os estaduais se unem à CBF, realizando cursos de homologação e implementando o VAR, seja de forma total ou parcial, ajudam a desenvolver os árbitros, que são o principal fator. Com o VAR, eles não só ampliam suas possibilidades de atuação, mas também podem continuar trabalhando na função após a aposentadoria”, afirmou. “Além disso, o VAR legitima mais o campeonato, pois reduz significativamente os erros. Os erros factuais são corrigidos quase que totalmente, e os erros de interpretação diminuem bastante, o que aumenta a assertividade das decisões e fortalece a legitimidade da competição”, continuou. Com relação à eficiência do uso no futebol brasileiro, o ex-árbitro carioca crê que o Brasil ainda precisa de mais treinamento e repetição. “O VAR no Brasil é, sem dúvida, o mais ativo no mundo em termos de número de jogos. Somos a confederação que mais utiliza o VAR e, por consequência, somos talvez os mais experientes, mesmo com outros países começando antes”. “No entanto, para que possamos evoluir ainda mais, o que precisamos, não só para o VAR, mas para a arbitragem em geral, é mais treinamento e repetição. Para alcançar um nível ainda mais alto, precisamos profissionalizar ainda mais. Quando o árbitro tem que trabalhar em outra função para se sustentar e não pode se dedicar exclusivamente à arbitragem, esse é o gargalo”, concluiu.

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