Em clima de confraternização de fim de ano, Lula diz a ministros que é preciso pacificar relação com o mercado


Lula reuniu os 38 ministros em clima de confraternização de fim de ano no Palácio da Alvorada
Ricardo Stuckert/ PR
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu nesta sexta-feira (20), na residência oficial do Palácio da Alvorada, os 38 ministros de seu governo. Em clima de confraternização, segundo os presentes, Lula defendeu que é preciso pacificar a relação com o mercado.
Lula esteve em São Paulo até a quinta-feira (19), onde passou por uma cirurgia de retirada de um coágulo na cabeça. Recuperado e de volta a Brasília, reuniu a equipe e líderes governistas no Congresso para fechar o ano.
A relação do governo com o mercado era um tema inevitável do encontro, em razão do nervosismo do mercado financeiros nos últimos dias, diante de incertezas sobre a responsabilidade fiscal do governo e sobre a eficácia do pacote de corte de gastos.
A cotação dólar — tradicional termômetro para medir o humor dos agentes financeiros — vem registrando sucessivos recordes históricos e chegou a bater em R$ 6,30, antes de começar a ceder.
Os presentes à reunião com Lula destacaram que o presidente deu ênfase à importância de baixar a fervura na relação com o mercado.
Lula disse que se incomoda com os juros altos, mas não atacou a postura do Banco Central — a quem cabe elevar ou baixar a taxa Selic —, como fazia no início do governo. Os ministros viram nisso um ponto de inflexão no trato de Lula com o BC.
Em determinado momento da reunião, ele chamou o economista Gabriel Galípolo, futuro presidente do Banco Central — indicado por Lula —, para gravar um vídeo. Lula disse que Galípolo será o presidente do BC com mais autonomia no cargo em toda a história.
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