Igreja Anglicana de Caxias do Sul ordena 1º sacerdote gay: ‘Só tenho que dizer gratidão’

A Igreja Episcopal Anglicana do Brasil de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, fez o ordenamento do primeiro sacerdote gay em 74 anos de história. O reverendo Auderli Sidnei Schroeder foi consagrado em cerimônia de ordenação presbiteral realizada em 15 de dezembro deste ano.Natural de Novo Hamburgo, Schroeder tem 52 anos e atua como diácono na Paróquia Anglicana da Virgem Maria desde 2022, onde também desenvolveu um trabalho de inclusão de pessoas LGBTQIA+ na comunidade cristã.Presente no Brasil há 134 anos, a Igreja Episcopal Anglicana, à qual a paróquia pertence, é pioneira na pauta da diversidade na religião. Desde 1984, a igreja permite a ordenação de mulheres, que podem exercer os ministérios como diaconisas, presbíteras e bispas. A primeira mulher ordenada no País foi a reverenda Carmen Etel Alves Gomes, em maio de 1985.

O reverendo Auderli Sidnei Schroeder foi ordenado na celebração eucarística do dia 15 de dezembro deste ano. Foto: Reprodução/Instagram/guiasidneischroeder

“Só tenho que dizer gratidão. Estar na Igreja Episcopal Anglicana do Brasil e ser ordenado por ela é ser aceito numa igreja inclusiva, onde se vê o rosto amoroso de Deus na compaixão, acolhida e solidariedade. Uma igreja que mostra que Jesus Cristo está para todos e todas sem distinção de raça, orientação sexual e gênero”, afirma o reverendo, por meio das redes sociais. View this post on Instagram A post shared by Sidnei Schroeder (@guiasidneischroeder)Vale ressaltar que a Diocese Meridional, com sede em Porto Alegre e da qual faz parte a Paróquia da Virgem Maria, de Caxias do Sul, também permite o sacramento do matrimônio a casais do mesmo sexo. O templo está localizado na Rua Alfredo Chaves, nº 915, no centro de Caxias do Sul.Schroeder também atua como guia turístico. Além das ações religiosas, ele divulga roteiros de viagens em suas redes sociais. View this post on Instagram A post shared by Sidnei Schroeder (@guiasidneischroeder)Veja também1Governo do RS diz que informação sobre arsênio em sangue de vítimas que comeram bolo ‘não é oficial’2Emendas de R$ 35,6 milhões foram para shows e luzes LED, mas não para ponte que caiu e matou 17