Tradicional padaria vai dar lugar a prédio em Vitória

Padaria Expressa Master, cujos fundadores eram casados e morreram de covid-19 durante a pandemia

|  Foto:
Reprodução / Redes Sociais

Após quase 70 anos de atividade, a última fornada de pães da tradicional Padaria Expressa será realizada no próximo dia 21. Isso porque o estabelecimento localizado na Rua Aleixo Neto, na Praia do Canto, em Vitória, irá encerrar suas atividades e dar espaço a um prédio.A Expressa foi inaugurada na década de 60, pelo casal Zelinda e Armando Bertoluzzi, inicialmente com uma unidade no Centro de Vitória, que posteriormente ganhou a companhia da unidade na Praia do Canto.Porém, o casal Bertoluzzi morreu em 2020, vítima de covid-19. As mortes foram com um mês de diferença (Armando, com 87 anos, em junho, e Zenilda, com 84 anos, em julho), e desde então os estabelecimentos passaram a ser comandados pelos herdeiros do casal.Em 2023, o local onde estava a unidade do Centro foi vendido para a rede de padarias Delícias do Trigo, que atua no local até hoje.“Optamos por vender o terreno da unidade da Praia do Canto para uma construtora, que provavelmente vai fazer um prédio no local”, explicou Eugênio Bertoluzzi, um dos filhos do casal e administrador da unidade da Praia do Canto.Eugênio detalhou que os herdeiros optaram por não seguir no ramo. Porém, ele não deu detalhes sobre o nome da construtora que comprou o terreno e nem os valores envolvidos na venda.Em seus perfis nas redes sociais, a Padaria Expressa chegou a publicar uma mensagem de agradecimento aos clientes. “Estaremos encerrando nossas atividades no dia 21/11, e gostaríamos de agradecer a todos que fizeram parte da nossa história. Sem a participação de vocês, não seria possível. Muito obrigado”, diz a publicação.Clientes de todas as idades chegaram a deixar relatos sobre a importância da padaria em suas vidas. “Vocês construíram e deixaram um legado em muitas memórias e estômagos”, chegou a comentar uma cliente.Ex-funcionários também deixaram relatos sobre a experiência de trabalhar na Expressa. “Fiz parte dessa equipe, de 2001 a 2005, e só tenho a agradecer por tudo o que os mestres me ensinaram. Dona Zelinda não foi uma patroa, foi uma mãe e devo muito a eles. Vai deixar saudades”, comentou na postagem uma delas.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.