Conheça as Zonas Azuis, as cidades onde se vive mais

Se movimentar mais de forma natural, comer melhor, manter hábitos diários que aliviam o estresse, ter amigos com quem contar para tudo, celebrar, ter propósitos na vida, manter a família em primeiro lugar e investir na espiritualidade. Esses são alguns dos hábitos em comum encontrados por um grupo de pesquisadores em locais onde as pessoas vivem mais – as chamadas Zonas Azuis (do inglês Blue Zones). Lá, diversas pessoas ultrapassaram os 100 anos de idade com alta qualidade de vida. Mas, afinal, é possível adotar o estilo de vida de cidades conhecidas pela longevidade?O CEO da Sharecare/Projeto Blue Zones para Brasil & América Latina, Nicolas Toth Júnior, explicou que o conceito já foi aplicado em 70 cidades nos Estados Unidos, com bons resultados em diversas áreas, como saúde, bem-estar e longevidade da população.Nicolas Júnior explicou que, ao aplicar o conceito, foi identificado que era preciso impactar nos locais onde as pessoas convivem.“Consolidamos três pilares, sendo o primeiro voltado para políticas públicas associadas ao anti-tabagismo, alimentação, além de urbanismo das cidades, possibilitando a locomoção e ampliando espaços como praças e parques”.Outro pilar é impactar um boa parte dos restaurantes, empresas, supermercados, igreja, escolas e universidades para que se tenha, dentro desses ambientes, a promoção dos nove hábitos (Power 9) para a longevidade. “E, por fim, buscamos engajar entre 10% e 25% da população para esse propósito de mudança de vida e autocuidado. É todo um trabalho para que tenhamos ‘embaixadores’ que vão influenciar as demais pessoas da população”.No Brasil, a expectativa é de que a primeira cidade a adotar o modelo seja Joinville, em Santa Catarina. “É um trabalho de curto, médio e longo prazo, em geral, de quatro a cinco anos”, disse Nicolas.Sobre as ações que podem ser feitas individualmente, ele aponta que pode começar por coisas simples, desde a disposição de móveis e alimentos dentro de casa, até a forma de se movimentar.“Por exemplo, posso colocar frutas em locais mais acessíveis e dificultar os locais onde guardo as guloseimas e bolachas. Posso dar uma volta na hora do almoço a pé por um espaço aberto. Posso descer de escada. Existe uma série de atividades que podemos fazer no dia a dia”.REGIÕESO termo “BLUE ZONES” surgiu de pesquisas lideradas pelo jornalista Dan Buettner. Após uma expedição para investigar a longevidade em Okinawa, Japão, nos anos 2000, sua equipe, com apoio da National Geographic, partiu para explorar outras regiões do mundo onde as pessoas apenas viviam mais e com alta qualidade de vida.

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Andrea Sirri/Shutterstock

Região de Barbagia, na Sardenha (Itália): tem a maior concentração de centenários do sexo masculino do mundo.

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REPRODUÇÃO DE INTERNET

Icária, Grécia: com uma das menores taxas de mortalidade de meia-idade e as menores taxas de demência do mundo.

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Reprodução/Redes sociais

Península de Nicoya, Costa Rica: menores taxas de mortalidade de meia-idade, segunda maior concentração de centenários (masculino).

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Loma Linda, Califórnia (EUA): foram estudados nessa análise adventistas do Sétimo Dia. Vivem 10 anos a mais do que demais norte-americanos.

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Divulgação/ Expedia

Okinawa, Japão: entre as maiores expectativas de vida no mundo.

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