
Investigados levavam vida de luxo e movimentaram R$ 40 milhões em 4 anos, segundo a polícia. Também foram apreendidos veículos de luxo, drogas, munição e armas. Cinco pessoas são presas por lavar dinheiro do crime
Cinco empresários foram presos pela Polícia Civil do Espírito Santo suspeitos de integrarem uma organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro. O esquema foi divulgado nesta terça-feira (19).
Uma sexta pessoa é considerada foragida, pois não foi encontrada durante a operação. A polícia acredita que ela usou documentos falsos para fugir para os Estados Unidos. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados.
Segundo polícia, empresários tinham vida de luxo.
PCES
As prisões aconteceram na segunda semana de novembro, na Operação Desarmonia. Investigações apontaram que a organização criminosa movimentou R$ 40 milhões em quatro anos.
Segundo a polícia, os empresários atuavam por meio de empresas de fachada e eram responsáveis por lavar dinheiro proveniente do tráfico de drogas, comércio ilegal de arma de fogo e agiotagem, em toda a Grande Vitória.
Alguns dos veículos apreendidos.
PCES
Os suspeitos foram localizados na Serra e em Cariacica. Além dos presos, também foram apreendidos dez veículos de luxo, cheques, notas promissórias, drogas, munição, armas e documentos.
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Ao todo, além dos mandados de prisão temporária, foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão em residências e empresas pelo Departamento Especializado em Narcóticos (Denarc). Fora da Grande Vitória, houve atuação da polícia também em São Mateus, no Norte do estado.
A delegada responsável pelas investigações, Larissa Lacerda, detalhou como o grupo agia e como recrutavam novas empresas e laranjas.
“Essa organização inseria dinheiro ilícito por meio de empresas de fachada no mercado, no sistema bancário, de forma a tornar esse dinheiro com aparência de dinheiro lícito. Eles faziam uma pesquisa de mercado, realmente, pegavam empresas que estavam à beira da falência, ofereciam oportunidade de estabelecer uma sociedade, inserindo quantias vultosas nessas empresas”, contou.
A delegada apontou ainda que a Justiça também determinou o bloqueio de R$ 3 milhões em contas utilizadas pelos investigados.
“A investigação agora vai ser encerrada para que todo esse material seja apresentado ao Ministério Público para denúncia”, finalizou a delegada.
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