Blumenau amplia atendimento à população em situação de rua com serviço 24h e mais vagas em abrigos

A Prefeitura de Blumenau dará início, a partir de 1º de maio, a uma nova fase na política de assistência social voltada à população em situação de rua.

O município vai ampliar os horários de atendimento e reorganizar os serviços de acolhimento, com funcionamento ininterrupto da Abordagem Social, extensão do horário do Centro POP e ampliação das vagas em abrigos.

O principal destaque é a atuação da equipe de Abordagem Social, que passará a funcionar 24 horas por dia, sete dias por semana.

Atualmente, o serviço opera das 5h à 1h nos dias úteis e das 8h às 20h nos finais de semana e feriados.

A mudança garante um suporte contínuo às pessoas em situação de rua, inclusive durante a madrugada — período até então desassistido.

Outro avanço importante é a ampliação do horário de atendimento do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP), que funcionará de segunda a sexta-feira das 7h às 18h.

Hoje, o local encerra o atendimento às 16h. O Centro POP continuará sendo responsável por acolher, orientar e encaminhar os usuários aos serviços de abrigo, além de oferecer acompanhamento técnico e social.

Com a reorganização dos serviços, o Abrigo Municipal de Blumenau (Amblu) será desativado. Os atendimentos anteriormente prestados por essa estrutura serão assumidos por duas Organizações da Sociedade Civil (OSCs): o Instituto Família Feliz e o Instituto Edificando Vidas.

Juntas, as instituições ofertarão 160 vagas fixas em abrigos e casas de passagem, além de 80 vagas emergenciais, que poderão ser ativadas conforme a necessidade, especialmente em casos de desastres naturais ou situações climáticas extremas, com acompanhamento da Defesa Civil.

A mudança foi aprovada pelo Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS), em plenária realizada no dia 24 de abril.

O secretário de Desenvolvimento Social, Rafael Burgonovo, destacou a importância do novo modelo de atendimento.

“A crescente demanda por atendimento a pessoas em situação de rua exige ações efetivas e integradas por parte do município. O novo formato, além de ampliar os horários de atendimento, busca aprimorar a qualidade do serviço oferecido e ampliar a cobertura para este público”, afirmou.

Além da melhoria no atendimento, a reformulação também trará economia aos cofres públicos.

Com o antigo modelo, o município gastava R$ 5,5 milhões anuais — sendo R$ 3,2 milhões para manter o Amblu e outros R$ 2,3 milhões para a compra de vagas em OSCs.

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Com o novo sistema, o custo será de R$ 4 milhões por ano, contemplando as 160 vagas fixas e as 80 emergenciais.

A economia estimada é de R$ 1,5 milhão, aliada ao aumento da capacidade de acolhimento e à qualificação dos serviços oferecidos.

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