Briga com segurança e homicídio: morte de empresário em Interlagos ganha novo desdobramento

Caso do empresário morto em Interlagos ganha novo desdobramento

Investigações sobre o caso do empresário morto em Interlagos ganha nova linha inédita – Foto: Reprodução/ND

A nova linha de investigação sobre o caso do empresário morto em Interlagos, Adalberto Amarilio dos Santos Júnior, de 35 anos, aponta para uma possível briga com um segurança que trabalhava no evento.

O corpo de Adalberto foi encontrado em 3 de junho dentro de um buraco com cerca de três metros de profundidade, em uma área de obra no Autódromo de Interlagos, zona sul de São Paulo.

Ele estava desaparecido desde a noite de 30 de maio, quando participou do Festival Interlagos 2025: Edição Moto. Representantes da empresa responsável pela realização do festival foram ouvidos na última segunda-feira (9) pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).

Ao deixarem a delegacia, optaram por não prestar declarações à imprensa. Os depoimentos forneceram à polícia detalhes sobre a estrutura do evento, a divisão por setores e a escala de vigilantes que atuaram durante o festival.

Com base nesses relatos, a investigação agora foca nos seguranças que trabalharam no dia do desaparecimento de Adalberto. Segundo os investigadores, há indícios de que o empresário — que havia consumido bebida alcoólica e fumado maconha — possa ter se desentendido com um dos vigilantes.

Os seguranças serão ouvidos a partir desta terça-feira (10). Um ponto de atenção é que a área onde o corpo foi encontrado não contava com monitoramento por câmeras de segurança, mesmo o autódromo tendo diversas delas. A hipótese da polícia é que o equipamento que registraria a cena tenha sido retirado após o crime.

Adalberto Amarilio dos Santos Júnior havia usado maconha e ingerido bebida alcóolica

Adalberto Amarilio dos Santos Júnior teria se envolvido em uma briga com seguranças do evento – Foto: Reprodução/ND

Patrimônio do empresário morto em Interlagos surpreende a polícia

O empresário morto em Interlagos, Adalberto Amarilio, tinha um patrimônio considerável, o que despertou o interesse da polícia para um possível crime premeditado. Ele era dono de uma empresa registrada em seu nome e mantinha uma conta bancária com cerca de R$ 1 milhão.

Morava com a esposa, Fernanda Dândalo, em uma casa avaliada em R$ 2,5 milhões na região de Aldeia da Serra, e o casal também possuía um apartamento em Cotia, na Grande São Paulo, usado para aluguel.

Entre os bens registrados em seu nome estavam carros de alto valor, como um Volkswagen Virtus, uma moto BMW GS850 e uma SUV HR-V. A polícia também confirmou que Adalberto não possuía dívidas.

Empresário morreu supostamente por asfixia

Empresário morto em Interlagos tinha um patrimônio milionário – Foto: Reprodução/ND

Polícia trata caso como homicídio e reforça falhas na segurança do evento

A Polícia Civil trata oficialmente o caso do empresário morto em Interlagos como homicídio. Perícias indicam que o corpo foi deixado no buraco já sem vida, sem sinais de luta, o que reforça a tese de assassinato.

Além disso, manchas de sangue foram encontradas no carro da vítima, que está sendo analisado pelos peritos. O desaparecimento de Adalberto ocorreu por volta das 21h do dia 30 de maio, após ele sair do festival.

Quatro dias depois, seu corpo foi localizado em uma área isolada dentro do autódromo, distante da área oficial do evento. A organização do festival afirmou que o estacionamento utilizado pelo empresário ficava fora da zona sob sua responsabilidade.

A esposa da vítima, Fernanda, tem feito apelos por justiça e respostas concretas, diante do silêncio da organização e das lacunas na segurança do evento. O caso segue em investigação pela equipe do DHPP, com análise de imagens, depoimentos e materiais coletados no local.

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