Musk critica cortes de impostos nos EUA e expõe racha com governo por política fiscal arriscada

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As tensões entre Elon Musk e o governo americano ganharam novos contornos diante do projeto de lei orçamentária que prevê cortes de impostos em meio a um crescente endividamento público. A medida, associada ao avanço do déficit fiscal dos Estados Unidos, tem gerado preocupação entre investidores e analistas, e o bilionário CEO da Tesla e da SpaceX se tornou uma das vozes mais críticas à proposta.

Para o economista Bruno Corano, o desgaste público entre Musk e a gestão atual representa mais do que um embate de opiniões. Ele revela um conflito de interesses e visões de mundo entre o setor produtivo globalizado e a condução da política econômica americana, especialmente em um momento delicado das finanças públicas do país.

Sem dúvida, essa divergência sobre os cortes de impostos foi mais um ingrediente que agravou a relação. Musk criticou abertamente a proposta, dizendo que em um momento de déficit elevado, reduzir tributos pode agravar ainda mais os problemas fiscais”, explica Corano.

Além de Musk: política fiscal dos EUA no centro das críticas

O projeto que visa reduzir impostos sem contrapartidas claras de contenção de gastos tem sido duramente contestado por economistas, empresários e até aliados políticos. A crítica central é que a medida pode aprofundar o déficit e comprometer ainda mais a arrecadação, sobretudo se houver desaceleração da economia.

Corano ressalta que a combinação de tarifas comerciais com crescimento fraco pode ter um efeito reverso: em vez de gerar receita, o governo corre o risco de perder ainda mais arrecadação.

O governo pretende arrecadar cerca de US$ 1 trilhão com tarifas. Mas se a economia desacelerar, pode perder muito mais do que isso. É uma equação que não fecha”, afirma o economista.

O distanciamento entre Musk e o governo também reflete divergências mais amplas sobre o posicionamento internacional dos Estados Unidos. Enquanto o bilionário mantém interesses comerciais e produtivos relevantes em países como China e Rússia, a administração americana, especialmente sob uma possível nova gestão Trump, adota um tom mais combativo e isolacionista nessas relações.

Existe um conflito de interesses claro. Musk tem negócios em regiões com as quais o governo americano mantém relações diplomáticas tensas. Ele precisa manter boas relações comerciais, o que o coloca em rota de colisão com políticas mais agressivas ou protecionistas”, explica Corano.

Esse fator geopolítico amplia o desgaste e reforça a dificuldade de conciliar políticas fiscais expansionistas, interesses empresariais globais e estabilidade econômica interna.

Pressão fiscal nos EUA expõe riscos apontados por Musk e mercado

O cenário fiscal dos Estados Unidos tem sido um dos principais pontos de atenção do mercado global. Com um déficit significativo, aumento da dívida pública e crescimento dos juros, a margem de manobra para erros se torna cada vez menor. A proposta de cortes de impostos, sem clareza sobre compensações futuras, agrava o sentimento de incerteza.

É uma medida populista, de alto custo, e que traz riscos para a sustentabilidade fiscal de médio prazo. O mercado está atento, e essa fricção com empresários como Musk mostra que há mais ceticismo do que apoio nesse momento”, conclui Corano.

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