‘Ozempic brasileiro’: primeiras canetas emagrecedoras do país já têm data de lançamento

Canetas emagrecedoras produzidas no Brasil terão efeitos semelhantes aos do Ozempic

Canetas emagrecedoras nacionais têm princípio ativo diferente do Ozempic e preços menores – Foto: Shutterstock/Reprodução/ND

O Brasil terá fabricação nacional de canetas emagrecedoras para tratamento de diabetes tipo 2 e obesidade. O “Ozempic brasileiro” será produzido pela farmacêutica EMS e já foi autorizado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em 2024.

Os medicamentos Olire e Linux terão produção 100% brasileira. A EMS ainda prevê que os preços serão entre 10% a 20% menores do que as atuais marcas de canetas emagrecedoras.

O “Ozempic brasileiro” deve ser lançado em agosto deste ano. A farmacêutica pretende produzir 200 mil canetas emagrecedoras ainda em 2025. No período de um ano, mais de 500 mil unidades serão disponibilizadas.

Como funciona o ‘Ozempic brasileiro’? Entenda a diferença entre as canetas emagrecedoras

O medicamento Olire é voltado ao controle da obesidade, enquanto o Linux é indicado para pacientes com diabetes tipo 2. Ambos têm como base a liraglutida, princípio ativo das canetas Saxenda e Victoza, da farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk.

A substância tem atuação semelhante à semaglutida presente no Ozempic e no Wegovy, também produzidos pela Novo Nordisk. Os princípios ativos regulam os níveis de glicose e geram saciedade ao reproduzir a ação do hormônio intestinal GLP-1.

Canetas emagrecedoras imitam atuação do hormônio GLP-1

Tanto a semaglutida quanto a liraglutida provocam sensação de saciedade e resultam na perda de peso – Foto: Freepik/ND

O hormônio sinaliza ao cérebro que o corpo está alimentado, reduzindo o apetite, aumentando os níveis de insulina e equilibrando o açúcar no sangue. A liraglutida resultou em perda de peso de 4 a 6 kg em média nos estudos clínicos e 5% e 10% de redução do peso corporal.

A principal diferença para a semaglutida do Ozempic é a duração. A substância têm efeito mais duradouro e pode ser injetada uma vez por semana, enquanto a liraglutida é de uso diário e apresenta menor perda de peso.

Olire é voltado ao controle da obesidade e Linux para tratamento da diabetes tipo 2

Medicamentos são indicados para controle de obesidade e tratamento de diabetes tipo 2 – Foto: Freepik/ND

A dose do Olire será de até 3 mg. A caneta é indicada a adultos e adolescentes a partir de 12 com obesidade, ou adultos com sobrepeso e comorbidades como diabetes, dislipidemia e hipertensão arterial.

Já o Lirux terá dose de 1,8 mg e será destinado a adultos, adolescentes e crianças acima de 10 anos de idade com diabetes tipo 2.

A farmacêutica brasileira EMS também pretende lançar uma versão com semaglutida em 2026. O medicamento similar ao Ozempic já começou a ser fabricado em fase piloto no ano passado.

Com informações do Estadão Conteúdo

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